O amor proibido da princesa Margaret e Peter Townsend
Se você assistiu The Crown, já deve ter se emocionado com o drama da princesa Margaret e de Peter Townsend — o romance que o palácio (supostamente) proibiu.
Mas será que foi mesmo a Rainha Elizabeth II quem impediu o casamento? Ou a história é mais complexa do que a série mostra?
Spoiler: é bem mais britânica — cheia de regras, protocolos e uma pitada de tragédia real. 💔
Quem foi Peter Townsend e como começou o romance com a princesa Margaret
Logo após a Segunda Guerra Mundial, Margaret, então com pouco mais de 17 anos, apaixonou-se por Peter Townsend, um herói da RAF (Força Aérea Real) e assessor do rei George VI, pai dela.
Peter era divorciado — o que, em 1950, era praticamente um escândalo dentro da Igreja Anglicana, da qual a rainha é Governadora Suprema.
E aqui começa o problema: a monarquia britânica está profundamente ligada à igreja, e qualquer casamento “impróprio” poderia causar uma crise institucional.
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A versão de The Crown: um amor destruído pela rainha
Na série, a rainha Elizabeth II aparece como a vilã que “proíbe” o casamento.
A cena em que ela diz à irmã: “Você deve escolher: ou a família, ou Peter” virou uma das mais icônicas da produção da Netflix.
Mas, na vida real, a história foi bem mais sutil — e mais triste.
Margaret realmente queria se casar com Peter, mas a decisão final não foi apenas da rainha.
Por que a princesa Margaret e Peter Townsend não puderam se casar
Em 1953, quando Margaret expressou seu desejo de casar, a Igreja Anglicana ainda não aceitava o matrimônio entre divorciados com ex-cônjuges vivos.
Como Peter ainda tinha uma ex-esposa viva, o casamento só seria possível se Margaret renunciasse aos direitos de sucessão ao trono e perdesse sua posição real.
O governo britânico e o Parlamento também se envolveram na decisão.
Em documentos revelados em 2004, descobriu-se que a rainha Elizabeth II chegou a buscar uma solução para permitir o casamento, desde que Margaret esperasse até completar 25 anos — idade em que poderia decidir sem autorização formal.
Mas o tempo (e a pressão pública) esfriaram o romance.
O anúncio de Margaret: um amor interrompido com dignidade
Em 1955, Margaret fez um discurso oficial anunciando o fim do relacionamento.
Ela mesma declarou:
“Eu gostaria de informar que decidi não me casar com o senhor Peter Townsend. A consciência religiosa e o dever para com a Coroa não me permitem tal passo.”
Ou seja, não foi a rainha quem proibiu o casamento — foi a própria Margaret quem, diante das circunstâncias, desistiu dele.
Uma escolha entre o dever e o coração, como manda o manual não escrito da monarquia britânica.
O que aconteceu depois com Margaret e Peter Townsend
Peter Townsend foi enviado para trabalhar como adido militar na Bélgica, e se casou novamente em 1959.
Já Margaret, anos depois, se casou com o fotógrafo Antony Armstrong-Jones, que se tornou o Conde de Snowdon.
Foi o primeiro casamento real televisionado da história — e, ironicamente, também acabou em divórcio.
💔 Curiosidade do Guri: Margaret foi uma das primeiras mulheres da realeza moderna a se divorciar, abrindo caminho para histórias bem conhecidas depois — como Charles e Diana.
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The Crown x realidade: o que é ficção e o que é fato
A série acertou no drama, mas simplificou a burocracia.
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✅ É verdade que eles se amavam.
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✅ É verdade que ele era divorciado.
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❌ Não é verdade que a rainha “proibiu” o casamento — o bloqueio foi institucional e religioso.
Os documentos oficiais divulgados em 2004 mostram que Elizabeth II tentou ajudar, mas estava presa entre o afeto pela irmã e as obrigações da Coroa.
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