Eu achei que a adaptação seria mais complicada, o impacto do inglês seria maior e tudo mais. Mas como me planejei muito pra fazer essa mudança de vida, as coisas foram menos difíceis (note que não escrevi "mais fáceis"). Contei com a ajuda de amigos aqui (tanto pra casa quanto pra trabalho) e vim com o inglês estudado e revisado. Apesar disso, ainda procuro assistir programas de TV e filmes com inglês britânico pra continuar polindo o idioma.
Muitos falam do frio, que é o grande pesadelo de quem se muda pra cá, mas posso dizer que, talvez por ser do sul do Brasil ou talvez por algum motivo que eu ainda não saiba explicar, eu gosto do frio e conseguimos ser bons amigos. Pro dia a dia eu ainda prefiro o frio ao invés do calor. Isso facilitou na hora de enfrentar a média de 5°C ou 6°C no primeiro mês aqui. Esta semana os 17°C já me permitiram usar manga curta. =)
Mas afinal, por que falar em adaptação, quando falamos de Primeiro Mundo, onde tudo acontece e é ótimo!?
Simples: porque estamos saindo da zona de conforto. Além disso, o mundo é realmente outro. Outros costumes, leis, preços, pessoas, enfim, tudo diferente. Ou seja, além de aprender o idioma novamente, como se fosse uma criança sendo realfabetizada, ainda é preciso fazer novos amigos e aprender tudo sobre o país. Como se fosse uma criança.
Já tinha falando num outro post sobre algumas coisas que impactaram ainda na minha primeira visita às terras da realeza, e este modo diferente de viver passa a fazer parte do meu dia a dia. Ao estar em Londres, faça como um londrino, e isso não é assim tão difícil. Respeito e educação são as palavras-chave.
O que é mesmo mais difícil de lidar é mesmo viver longe da família e amigos. A sorte é que com a tecnologia que nos é disponibilizada hoje, Skype, Whatsapp, FaceTime, tudo ajuda pra saudade diminuir (não acabar, mas diminuir). E isso passa a ser o normal, passa a ser a nova rotina.
Graças a este blog que tu está lendo, estou começando a fazer um tour por pubs históricos da cidade numa parceria com o Londres para Principiantes. Estamos bastante confiantes e esperamos que seja um sucesso! Isso me ajudou a ficar perto da profissão que eu tinha no Brasil. Eu era agente de viagens e continuo exercendo a atividade que me faz bem: ver as pessoas felizes ao realizar uma viagem.
Mas a fase de adaptação a tudo ainda continua, é claro. Apesar de me sentir seguro na rua, pra falar/ouvir o idioma, pra continuar morando aqui, ainda acredito que tenha muito a aprender (sempre temos) com a cultura britânica, com os britânicos e com todas as culturas que convivem em paz em Londres. Cada dia é uma lição. Lição de como conviver, falar, se comportar, aproveitar o dia.
Não só pra mim, não só por ser Londres. Cada dia deve ser sempre uma lição.