Bueno. Pensei bem antes de fazer esse post e escrever qualquer coisa a respeito. Mas pensei melhor. Afinal, o Tchê in London é pra ser um blog de dicas e lugares do mundo com foco em Londres. Sendo assim, peço licença pra ajustar o foco pra cidade onde moro atualmente (até janeiro): Caxias do Sul, RS.
Aconteceu neste final de semana (21, 22 e 23) o Mississippi Delta Blues Festival. Antes tenho que contextualizar: o Mississippi Delta Blues Bar é um barzinho totalmente focado em blues de Caxias do Sul. O atendimento é trilíngue, apesar de estar deixando a desejar ultimamente. Esta é a sexta edição do Festival e meu primeiro contato com ele. Visitei por cima, mas já resumo o que achei: vale a pena!
O festival, um dos maiores de blues do Brasil, entrou de vez pro circuito dos amantes do gênero. Assim como o bar. Só que o festival se tornou algo grandioso, quando músicos e musicistas são respeitados pela população e pela mídia. Do nada. E merecidamente.
Eu fui ao festival na noite de sexta-feira e de um modo geral recomendo o que vi. O acesso ao evento foi fácil e já começou com notícia boa: tu troca um dos canhotos do teu ingressos por um copo de uma espécie de acrílico. Ele vai ser teu companheiro durante todo o festival. Isso evita que sejam jogados copos plásticos pelo chão e tu ainda pode levar pra casa como lembrança. Baita!
Os palcos que estavam rolando eram temáticos e com uma boa sonoridade. A qualidade musical estava impecável e a limpeza e polidez do som estavam boas. Os palcos paralelos pouco atrapalhavam. As temáticas que comentei incluíam uma casinha típica (Front Porch Stage) e um caminhão (Truck Stage). O palco principal (Railroad Stage) encerrou a noite de sexta-feira com um grande nome, fazendo um grande som. Era o filho de um dos maiores nomes do blues: Mud Morganfield, filho do idolatrado Muddy Waters.
Depois do encerramento dos palcos, o som seguiu firme e itinerante dentro do Mississippi Delta Blues Bar que citei no começo do post. Ali se estendeu até a noite virar dia. E ali aconteceu o que pra mim foi um grande pecado: pedi um copo de chopp e a resposta foi que ele tava "meio quente" me obrigando a beber uma outra cerveja. Bom por ser avisado, ruim por estar quente.
Fugindo um pouco do foco "festival" e indo pro foco "bar", eu diria que o Mississippi poderia ser um ponto turístico em Caxias do Sul. Temos a música e o ambiente padrão Mississippi, mas ainda não temos o atendimento e a calorosidade de quem ouve e sente o blues.
Não rolou revista, mas também não rolou briga. Que atmosfera!
Festival é festival. Blues é blues. Músico é músico. As horas do festival de blues é uma overdose de gaita harmônica que vale a pena. Um porre de walking de baixo que fica ecoando na cabeça por horas. Essa foi a sexta edição e tenho certeza que no final de novembro de 2014 Caxias do Sul vai contar com a sétima. Fica a dica pra ficar de olho no site do Festival pra se informar sobre ingressos, dicas e até hospedagem pra se programar e vir. Bah se vale a pena!
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