O melhor da Sicília: cidades, histórias e perrengues reais
Viajar pela Sicília é tipo entrar em um filme que mistura drama, comédia, aventura e um leve toque de caos italiano, tudo ao mesmo tempo. O mar é azul de doer, as cidades parecem cenários medievais, os italianos falam com a alma inteira (e às vezes gritando), a comida é absurda e a desorganização… bom, essa faz parte do pacote turístico.
Se tu já viajou pelo interior da Itália, tu sabe: nunca dependa de nada num domingo. Nem trem, nem ônibus, nem italiano — e olha que eu amo esse povo. Mas mesmo com esse caos delicioso, a Sicília foi um dos destinos mais culturais, divertidos e surpreendentes que já conheci.
E aqui vai o guia completo da minha viagem real por, Messina, Reggio Calabria, Taormina, Acireale e Catânia. Tu vai se sentir viajando junto.
✈️ Como chegar na Sicília (e o que esperar do transporte)
Compramos nossas passagens com antecedência: £136 ida e volta chegando em Catânia e voltando por Malta.
Compre sua passagem área aqui!
A chegada normalmente é tranquila, mas… prepare o espírito italiano:
Sobre transporte:
-
Trem e ônibus funcionam… quando querem.
-
Domingo não existe.
-
Os horários mudam sem explicação.
-
Taxistas falam pouco inglês, mas muitos gestos.
-
E o Google Maps, curiosamente, ajuda bastante.
Se quiser evitar o caos total, alugue um carro aqui e tenha o poder de transformar tua viagem. Especialmente para Taormina, Acireale e regiões menos conectadas.
🚉 Primeira parada: Messina em Sícilia
Chegamos em Messina já no fim do dia e fomos recebidos por duas coisas:
-
uma cidade bonita, com aquele charme decadente do sul italiano,
-
motoristas que ignoram pedestres, mas quem disse que eu esperava educação no trânsito?
Duomo de Messina
A primeira visita foi à famosa Duomo que, confusamente, não é Catedral (porque Catedral seria Catedrale).
— Bem-vindo à Itália!
Por fora, parece simples. Por dentro? Maravilhosa.
Teto pintado, detalhes em madeira, uma luz linda entrando pelas janelas.
Bate-volta para Reggio Calabria
Com tempo sobrando, resolvemos atravessar o Estreito de Messina e conhecer a pontinha da bota italiana.
Ferry barato, rápido, 30 minutos — e já estávamos em Reggio Calabria, que tem:
-
praias lindas,
-
igrejas impressionantes,
-
e uma arquitetura menos destruída que Messina.
Só de ver o azul do Mar Jônico já valeu.
Taormina: a joia mais famosa da Sicília
Taormina é a cidade que faz qualquer viajante suspirar.
Chegando de trem, já fomos recebidos por um visual de cair o queixo: mar azul, montanhas verdes e aquele clima de filme italiano romântico (antes de chegar no hotel e descobrir que romance era só na vista).
O hotel
Nosso hotel ficava no alto da montanha. Ou seja, táxi obrigatório — ou ser triatleta e subir aquilo carregando malas.
O hotel era… interessante:
-
vista absurda para o mar e para o vulcão Etna ☑
-
piscina maravilhosa ☑
-
staff sem vontade nenhuma ❌
-
internet paga ❌
-
sem frigobar ❌
-
regras dizendo que tu não podia levar comida (ai ai ai) ❌
A Itália sendo Itália.
Descendo a colina
Decidimos descer a pé — 537 degraus (!).
Passamos pelo Santuário Madonna della Rocca, construído dentro da rocha no século XII.
Lindo demais.
Teatro Greco
Uma das ruínas mais famosas da Sicília, construído há quase 2.300 anos.Não entramos porque parte estava fechada e ficamos com medo de perder o dinheiro — mas muita gente ama.
Corso Umberto
A Oxford Street siciliana. Cheia de vida, lojas, artesanato, souvenirs… E muita larva do Etna transformada em arte (que eu achei genial).
Praia de Isola Bella
Água transparente, linda, calma. Mas cheia de pedras. Muitas pedras. Todas as pedras. Quem não compra o sapatinho de borracha sofre — e eu sofri.
Guri em Bruxelas / Guri em Oxford / Guri em Istambul / Guri em Edimburgo (de novo) / Guri em York / Guri em Bruges / Guri em Marrocos
Guri em Dublin / Guri em York / Guri em Paris / Guri no País de Gales
Acireale: o lado autêntico (e inesperado)
A viagem de Taormina até Acireale foi digna de stand-up:
o motorista do ônibus cantou, atendeu ligações, respondeu WhatsApp, fumou, dançou e… às vezes dirigiu. Se tivesse um pandeiro ele teria tocado.
O hotel
O Ibis Styles de Acireale é moderno, lindo e cheio de mimos.
Mas fica longe do centro — táxi de €10 resolve.
O centro
Pequenininho. Duas horas e tu conhece tudo:
-
Duomo de Acireale (linda por dentro!)
-
Basílica de São Pedro e São Paulo
-
Opera dei Pupi (que é bem menos glamourosa que o nome sugere)
Acireale em si precisa de carinho: fachadas caindo, prédios abandonados… Mas por dentro, as igrejas são um espetáculo.
Catânia: caos, lava e cultura
Catânia é um caos com charme.
É história com trânsito.
É lava vulcânica com sorvete.
É Itália raiz.
Transporte?
Aí que tá.
Chegamos à estação de Acireale às 10h e o próximo trem era só… seis horas depois.
Ônibus?
Um horário misterioso que ninguém soube explicar.
Resumo da ópera: táxi €30.
Vicenzo Bellini
O compositor é onipresente em Catânia.
O Sarney deles — só que com mérito.
Tem rua, praça, placa e até sombra com o nome dele.
As igrejas (muitas, muitas igrejas)
Andando duas horas pela cidade, contamos mais de 35 igrejas.
É quase um drink game: “achou outra igreja? toma um gole”.
Piazza Duomo e o Elefante
O símbolo da cidade é um elefante de pedra vulcânica, do século XIII.
Segundo um cartógrafo árabe, a estátua era considerada “mágica” e protegia Catânia das erupções do Etna.
Anfiteatro Romano
Público, fácil de visitar, cheio de gatos morando nas ruínas.
O anfiteatro comportava 16 MIL pessoas — o segundo maior da Itália depois do Coliseu.
🍝 Comida na Sicília & mercados públicos
Catânia tem um mercado público atrás da Piazza Duomo que é quase um ataque aos sentidos: peixe fresco (e cheiro forte), frutas lindas, ervas baratinhas, queijos, salames e grãos. Se teu hotel permitir, compra uns snacks pro fim do dia.
Já Taormina e Messina têm restaurantes incríveis, mas com atendimento… digamos… emocionalmente indisponível. Mas a comida? Sempre maravilhosa.
Esta página contém links de parceiros. Este site recebe comissão por compras através destes links, mas não se responsabiliza pelas reservas.
