Tanta história, né? Mas afinal, aquilo que a gente vê em The Crown temporada 3ª é verdade ou ficção?
“Mentira” talvez seja uma palavra meio forte, mas tem sim muita coisa que é dramatizada — como já comentei em outros posts sobre a primeira, a segunda e, mais recentemente, a quarta temporada.
The Crown 4ª temporada: o que é verdade?
A tragédia de Aberfan em The Crown temporada 3ª: verdade ou ficção?
A avalanche de rejeitos de carvão em Aberfan (1966) aconteceu de fato, causando a morte de 116 crianças e 28 adultos. A série mostra a hesitação da rainha em visitar o local imediatamente; registros históricos indicam que ela demorou alguns dias e que mais tarde considerou isso um dos maiores arrependimentos de sua vida.
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Princesa Alice e The Crown temporada 3ª: o que é real e o que foi criado
Princesa Alice, mãe do príncipe Philip, viveu na Grécia, foi tratada por Freud e teve períodos de internação. Durante a Segunda Guerra, abrigou judeus, ato reconhecido publicamente.
O que a série exagera: a entrevista inventada com a princesa e o documentarista fictício servem como recurso narrativo para discutir imagem pública. A essência (vida complexa, estigma, fé e coragem) é real; a entrevista, não.
O documentário “Royal Family” em The Crown na 3ª temporada
O doc “Royal Family” (1969) foi filmado para mostrar a monarquia mais próxima do público. Ele foi ao ar e teve reprises limitadas, depois caiu no “cofre” da BBC e hoje não é exibido sem autorização.
A série sugere que a rainha mandou “sumir” com ele — não foi exatamente assim, mas a consequência prática (restrição severa) está correta.
Episódio “Tywysog Cymru”: o galês é real, o discurso foi suavizado
Antes de ser investido como Príncipe de Gales, Charles estudou galês em Aberystwyth.
A série mostra um discurso confrontador; na vida real, ele ajustou o texto, mas de forma mais diplomática que na TV. O receio de que ele “abraçasse o nacionalismo galês” existiu, mas é amplificado pela dramaturgia.
The Crown na 3ª temporada e o episódio da Apollo 11: fato ou invenção?
O encontro de Philip com os astronautas da Apollo 11 (1969) é real, assim como seu entusiasmo por tecnologia e modernidade. A série usa isso para explorar um vazio existencial do príncipe; esse conflito íntimo é construção dramática plausível, mas não documental.
E se você também quer entender cada fala da rainha sem legenda 😅, vale conhecer a Babbel, que tem cursos com sotaque britânico e lições curtinhas.
A terceira temporada acerta o espírito — e dramatiza para emocionar
A 3ª temporada acerta na linha do tempo, contextos e símbolos, e dramatiza emoções para construir personagens complexos. É por isso que a gente assiste com o Google aberto: a série inspira a ir atrás da história real, e isso é maravilhoso. 😉
Box rápido: o que é fato x o que é licença dramática
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Fato: Aberfan, estudos de galês de Charles, doc Royal Family, visita da Apollo 11, biografia de Princesa Alice.
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Licença dramática: entrevista de Alice; tom do discurso de Charles; o “aperto existencial” de Philip; decisão “unipessoal” de suprimir o doc.
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Onde foram parar os olhos azuis da rainha e sua irmã????