Como viajar gastando pouco: dicas práticas

(Atualizado em Setembro de 2025)

Dá pra viajar gastando pouco?

Muita gente acha que fiquei rico só porque emendei viagens pra Escócia e Marrocos. A verdade é que não tem nada a ver com grana sobrando: eu apenas uso alguns macetes que aprendi como ex-agente de viagens e que até hoje me ajudam a viajar gastando pouco, sem abrir mão de aproveitar cada destino.

E olha: não tem desculpa de que “ah, mas eu não moro na Europa”. Eu mesmo sou da Serra Gaúcha e nem conheço os cânions de Cambará do Sul — ou seja, dá pra começar uma aventura no quintal de casa. Se a tua ideia for Londres, já deixei aqui dicas de como economizar em Londres que podem ajudar no planejamento.

1. O orçamento: primeiro passo de como viajar gastando pouco

O orçamento é sempre o ponto de partida de qualquer viagem. Ele é o que define o destino e tudo o que vem depois. Não adianta pensar apenas em “viajar barato”: é preciso ter um número real e trabalhar dentro dele. Nesse cálculo entram não só as passagens aéreas e a hospedagem, mas também alimentação, transporte local, ingressos, despesas extras e até documentos ou seguros necessários. Se a ideia é viajar dentro do Brasil, por exemplo, saindo de Porto Alegre dá pra planejar um roteiro para o Nordeste, o Rio ou até cidades do interior do Paraná. Já na Europa, uma opção econômica pode ser a Itália. O que manda é sempre o valor disponível.

2. Passagens aéreas: truques para economizar na viagem

Esse costuma ser o tema mais delicado, mas também é onde entram os melhores truques. Eu sempre começo minhas pesquisas no Skyscanner, porque ele mostra os preços direto das companhias aéreas e ainda tem a opção de procurar o “mês inteiro” ou até o “mês mais barato”. Essa flexibilidade ajuda a visualizar quando compensa viajar. Outra dica boa é selecionar “qualquer lugar” no destino — o sistema mostra as opções mais em conta para onde você pode ir. Já encontrei passagem Porto Alegre – Brasília por R$ 350 ida e volta assim.

Os valores mudam porque cada avião tem suas classes tarifárias, e conforme os assentos mais baratos se esgotam, o preço vai subindo. É por isso que às vezes você olha uma passagem de manhã e à tarde ela já está mais cara. Quanto antes reservar, mais chances de pagar barato e ter dinheiro sobrando para aproveitar no destino. Também vale pensar na ordem do roteiro: se você vai a Londres, Paris e Amsterdã, não precisa voltar a Londres para só depois voar para o Brasil. Dá pra embarcar direto do último destino, economizando tempo e dinheiro.

3. Custos Locais

Depois das passagens, vem a parte de calcular os custos no destino. Isso inclui hospedagem, alimentação, ingressos e transporte. Cada viajante tem seu estilo: eu prefiro hostels bem localizados ou hotéis 3 estrelas no centro, porque isso elimina gastos com transporte. Sempre pesquiso no Booking.com, que além de permitir comparar preços, dá a vantagem do cancelamento gratuito em muitas reservas. Para hostels uso o Hostelworld, e às vezes o Airbnb pode ser uma boa.

Na alimentação, costumo consultar o TripAdvisor para ver cardápios e preços médios. Faço uma conta diária e adiciono 20% de margem para não ser pego de surpresa. Também coloco no orçamento ingressos de atrações e bilhetes de transporte, além de acrescentar uns 10 a 15% extras para gastos inesperados, como táxi, gorjeta ou um lanche fora do planejado. Essa é a forma de ter um valor diário mais realista.

4. Compras antecipadas: segredos para economizar em viagens

Assim que defino destino e orçamento, começo a comprar. O primeiro passo, claro, são as passagens aéreas, já que os preços sobem rápido. Depois reviso opções de hospedagem, pra ver se encontro algo melhor pelo mesmo valor. Também costumo comprar com antecedência trechos de trem ou ônibus e ingressos de atrações que valem a pena reservar antes — seja para economizar, seja para evitar filas. Para isso, uso bastante o GetYourGuide, que facilita comprar online e receber o ingresso direto no celular.

5. O roteiro: planejar dias e experiências sem estourar o bolso

Montar o roteiro é uma parte que eu adoro, mas sem rigidez. Normalmente pesquiso atrações em guias como a Lonely Planet e no TripAdvisor, e depois marco tudo no Google Maps. Assim consigo agrupar passeios por áreas, evitando perder tempo no transporte. Minha dica é planejar, mas com flexibilidade: se chove, você troca o parque por um museu; se sobra tempo, encaixa outra atração. Vale também sempre incluir experiências gastronômicas, nem que seja provar um prato típico só pela experiência. Afinal, é disso que uma viagem é feita.

6. O retorno: aprendizados de quem busca viagens econômicas

Durante as viagens, costumo anotar tudo: gastos, passeios, experiências boas e ruins. Isso me ajuda a compartilhar depois aqui no blog e a ajudar quem está planejando algo parecido. Também guardo ideias para os próximos roteiros, porque viajar barato não significa viajar menos — significa ter mais chance de continuar explorando.

💡 Dicas extras do guri para viajar gastando pouco

Sempre levo o dinheiro já trocado e separo um valor diário para não precisar me preocupar com câmbio durante a viagem. Também recomendo nunca viajar sem seguro: mesmo o Reino Unido não exigindo, um bom seguro pode salvar milhares de libras em caso de imprevistos. Para planejar deslocamentos internos, uso o Rome2Rio, que mostra até rotas de ônibus em cidades pequenas. Outra dica é sobre taxas: sair de Heathrow pode custar em torno de R$ 800 de taxa de embarque, enquanto em Paris gira em torno de R$ 300. Muitas vezes compensa voltar por outra cidade e depois pegar um trem até Londres.

Conclusão

Viajar gastando pouco é totalmente possível. Precisa de planejamento, mas não significa abrir mão da experiência. Pelo contrário: quando o orçamento está organizado, sobra espaço para aproveitar muito mais.

E você? Tem algum truque para viajar gastando pouco? Conta nos comentários!

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