Eleições no Reino Unido: como funcionam?
Eleições no Reino Unido sempre despertam curiosidade entre brasileiros, já que o sistema parlamentar britânico é bem diferente do nosso presidencialismo. No dia 7 de maio, por exemplo, os eleitores vão às urnas para escolher quem será o próximo Primeiro-Ministro — ou manter o atual.
Diferente do Brasil, onde votamos diretamente no presidente, nas eleições no Reino Unido os cidadãos escolhem seus representantes no Parlamento. Esses parlamentares é que decidem quem será o Primeiro-Ministro. É por isso que, às vezes, o mesmo partido pode ficar no poder por vários mandatos sem uma votação direta para o líder.
Além disso, existe a famosa sessão chamada Prime Minister’s Questions, quando o chefe de governo responde, ao vivo, às perguntas dos outros parlamentares — um verdadeiro espetáculo da democracia britânica.
Muita gente também me pergunta: “Afinal, qual é o papel da Rainha nesse processo?”
E a resposta é: ela tem um papel simbólico, enquanto o poder político de fato fica nas mãos do Parlamento e do Primeiro-Ministro.
O sistema parlamentar britânico
O Reino Unido adota o sistema parlamentarista, onde os eleitores não votam diretamente no Primeiro-Ministro, mas sim nos membros do Parlamento.
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O Partido que conquista mais assentos na Câmara dos Comuns forma o governo.
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O líder desse partido se torna o Primeiro-Ministro.
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A Rainha (ou Rei) tem o papel cerimonial de convidar o líder para formar o governo.
O papel da Rainha (ou Rei) no Reino Unido
Muita gente acha que a monarquia manda de fato no país (já mostrei aqui algumas curiosidades sobre a família real britânica) mas hoje a função é majoritariamente simbólica:
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Representar o Reino Unido em eventos oficiais.
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Garantir a continuidade institucional.
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Assinar formalmente as leis aprovadas pelo Parlamento (ato chamado de Royal Assent)