Guri na música

por Rafa
29 julho 2014

Guri na música” parece até nome de quadro, mas é, na real, um pedaço gigante da minha vida. Sempre fui apaixonado por música — e tá, essa frase é batida, eu sei. Todo mundo ama música. A diferença é como cada um vive isso: tem gente que gosta de ouvir, tem gente que gosta de dançar… e eu sempre fui do time que gosta de fazer música.

Começou quase sem querer. Um amigo me mostrou como “ler” as posições das notas, interpretar cifras, entender ritmo… e pronto, já tinha me fisgado. Isso tudo lá em Caxias, quando eu mal sabia usar o Google direito. Nas minhas aulas de inglês, encontrei umas teorias de violão, peguei o violão emprestado do meu primo, inventei meu próprio método de estudo (totalmente caótico, diga-se de passagem) e fui indo.

Coitados dos meus vizinhos. Ainda bem que eu morava no interior — e que, por princípio, só treinava quando estava sozinho. Vergonha não, né?


🎼 A evolução do guri na música: do quarto apertado ao violão empenhado

Com o tempo, já dando meus primeiros “tapinhas” nas cordas, me mudei para Caxias e comprei meu primeiro violão. Eu era aquele guri tímido, estudante de comunicação, que se trancava 15 minutos no quarto todos os dias para treinar. Nada de cantar, claro — coragem zero. Mas persistência tinha de sobra.

Quando fui morar sozinho numa casa minúscula de 30 m² (fria, com poeira que dava cria), o violão virou meu companheiro oficial. Eu treinava todos os dias, até as cordas enferrujarem. Literalmente.

A grande virada: do violão para a bateria

Aí veio a “traição”.
Na universidade, conheci o Mateus e comecei a fazer aula de bateria. Foi paixão imediata — daquele tipo que muda o rumo da vida.

Dois meses depois, lá estava eu: dono de uma bateria eletrônica, deixando os tambores de borracha sofrerem diariamente. O pobre violão? Esse eu vendi. Mudou de casa e foi parar nas mãos do Diego, que hoje toca mais gaita do que violão — ou seja, ele também traiu o coitado. Vida injusta.

Com a bateria veio outra fase:
mais estudo, mais dedicação e, sem perceber, eu já estava em cinco projetos musicais diferentes. Shows, bandas, convites, amigos, ex-amigos, amigos de amigos… música abre portas que a gente nem sabia que existiam.

Leia também: Em grupo - Pubs históricos que ajudam a entender Londres


Guri na música: Minha relação com a música e porque carrego isso comigo

As coisas boas que a música me trouxe não cabem em lista:

  • abriu meu círculo social,

  • melhorou minha comunicação,

  • me deu confiança,

  • me ensinou ritmo, paciência, persistência,

  • e trouxe muita gente importante pra minha vida.

E claro: me deu aquela sensação única de “eu posso fazer música”.

Aliás, eu tenho um vídeo aqui no canal, o qual eu gravei com um amigo tentando adivinhar "Qual é a música britânica". Confira!

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🎤 O dia em que toquei blues em Londres

Corta para Londres.
Um dos momentos mais especiais dessa história do “guri na música” aconteceu bem aqui, anos depois de ter começado a tocar.

Depois de seis meses sem encostar numa bateria, resolvi matar a saudade numa jam session no Ain’t Nothin’ But, um dos bares de blues mais icônicos da cidade, pertinho de Oxford Circus.

Subi no palco, toquei, senti a energia da galera e me arrepiei dos pés à cabeça. Londres tem dessas: a cidade devolve pra gente coisas que a gente nem sabia que estavam guardadas.

Quer tocar também?

Se você estiver em Londres e quiser participar, é simples:

  • chegue cedo,

  • coloque o nome na lista,

  • e boa: você toca.

Não cobra entrada nas segundas-feiras de jam session.
Endereço: 20 Kingly Street, perto da Oxford Circus Station.

Mais uma traição?

Pois é. Comprei um teclado.
Tô aprendendo ainda, mas por enquanto meu lugar preferido continua sendo atrás de uma bateria mesmo.


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