História do Reino Unido: muito além da Inglaterra
Falar da formação do Reino Unido de forma breve é impossível — são 20 séculos de história, guerras e alianças.
Mas calma, que aqui vai um resumo digno de chá das cinco. ☕️
Diferente do Brasil, que “só” foi descoberto há pouco mais de cinco séculos, o Reino Unido carrega milhares de anos de civilização, desde os povos celtas até o império global que moldou o mundo moderno.
As origens da formação do Reino Unido: celtas, romanos e vikings
Antes de existir algo chamado “Inglaterra”, essa ilha era o lar de tribos celtas — como os bretões, gaélicos e pictos.
Eles viviam espalhados em reinos independentes, cada um com seus deuses, costumes e sotaques (isso não mudou muito 😅).
No século I d.C., o Império Romano invadiu e conquistou boa parte da ilha, fundando cidades como Londinium — a atual Londres.
Mas a Escócia ficou de fora. Os romanos até tentaram avançar, mas desistiram e ergueram o Muro de Adriano, que até hoje marca o limite norte do antigo império.
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A chegada dos anglo-saxões e o caos das invasões
Quando os romanos foram embora, vieram os anglos, saxões e jutos — povos germânicos que ocuparam a Inglaterra e deram origem ao idioma inglês.
Aí a coisa complicou: vieram os vikings, os reinos se dividiram, e Londres foi invadida várias vezes.
Essas disputas moldaram o mapa da Inglaterra e abriram caminho pra um dos personagens mais polêmicos da história britânica: Henrique VIII.
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Henrique VIII, a Reforma e o nascimento do Reino da Irlanda
No século XVI, o rei Henrique VIII rompeu com a Igreja Católica, criou a Igreja Anglicana e se declarou seu próprio chefe.
Mas ele também criou o Reino da Irlanda, que, por um tempo, ficou sob controle da coroa inglesa — e isso teria consequências séculos depois.
💔 Spoiler histórico: foi o início de uma longa e turbulenta relação entre Inglaterra e Irlanda, cheia de conflitos religiosos e políticos.
O rei escocês que virou rei da Inglaterra (e mudou tudo)
Em 1603, o rei James VI da Escócia herdou o trono inglês como James I da Inglaterra.
Pela primeira vez, Inglaterra, Escócia e Irlanda estavam sob o mesmo monarca.
Mas, atenção: ainda não eram um único país — eram três reinos independentes com o mesmo rei.
Essa “união de coroas” foi o primeiro passo para o que viria depois: o Ato de União.
O Ato de União de 1707: nasce o Reino da Grã-Bretanha
Em 1707, foi aprovado o Ato de União, unindo oficialmente Inglaterra (incluindo o País de Gales) e Escócia.
Nascia o Reino da Grã-Bretanha — e com ele, o início do império que dominaria os mares nos séculos seguintes.
⚓ Curiosidade: o novo Parlamento se estabeleceu em Londres, e a bandeira que conhecemos como Union Jack começou a tomar forma — combinando as cruzes da Inglaterra e da Escócia.
O Ato de União de 1801 e a consolidação da formação do Reino Unido
Quase um século depois, outro Ato de União, em 1801, juntou a Irlanda à Grã-Bretanha, criando o nome que conhecemos até hoje:
United Kingdom of Great Britain and Ireland.
Mas em 1922, após conflitos e movimentos de independência, a maior parte da Irlanda se separou, restando apenas o Irlanda do Norte, que permanece parte do Reino Unido até hoje.
🗺️ Assim, nasceu o país moderno que conhecemos:
United Kingdom of Great Britain and Northern Ireland.
Reino Unido, Grã-Bretanha e Inglaterra: qual é a diferença?
💬 Essa é a dúvida campeã de todo turista (e de muito britânico também).
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Inglaterra → é apenas uma das quatro nações (capital: Londres).
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Grã-Bretanha → é a ilha que reúne Inglaterra, Escócia e País de Gales.
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Reino Unido (UK) → é o conjunto de Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte.
Pronto, agora pode corrigir o guia do ônibus turístico se ele errar. 😄
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